Será mesmo que a Globo está falindo?

(Imagem: Divulgação)

Essa pergunta cresceu ao longo dos últimos anos, com notícias referentes à queda de audiência em novelas e jornais da Plin-Plin, mas será que isso reflete no bolso dos Marinho?

Qual a resposta, então? Dados divulgados do 1° trimestreindicam que a situação do canal não é desesperadora, mas há sinais para ligar o alerta:

  • Nesses primeiros meses, a receita subiu 13% e chegou a R$ 4,1 bilhões, puxada por publicidade e streaming.

  • Porém, o problema é que os custos dispararam 22%,e a geração de caixa (EBITDA) caiu 20%.

O que pesou na conta foram as compras recentes do Telecine e da Eletromídia. Uma trouxe catálogo, outra visibilidade nas ruas, e ambas trouxeram boletos.

Segundo Paulo Marinho, presidente da emissora, os negócios foram ‘’estratégicos’’, mas a ordem interna segue sendo a mesma: gastar menos.

No digital, o Globoplay cresceu 32% em assinantes e atingiu 1,8% da audiência de toda a TV brasileira. O Premiere Play também aumentou em +52%.

Mas o dinheiro novo não vem na mesma velocidade, já que boa parte do público chega via parcerias com operadoras, como a Claro, que pagam uma quantia fixa.

Então, o que segura a casa?

A publicidade. Foram R$ 2,7 bilhões só em anúncios, ainda a principal fonte de receita.

Bottom line: A Globo lucrou quase R$ 2 bilhões em 2024, mas, se corrigir a inflação, a emissora fatura hoje o mesmo que há 10 anos. O império está longe de falir. Mas, para manter o reinado, vai ter que gastar menos por capítulo… e seguir reescrevendo o roteiro