Dengue, zika e chikungunya: não dá pra contar com a sorte
Minas Gerais está novamente sob ameaça de epidemia de doenças provocados pelo mosquito Aedes aegypti. De 2022 até novembro de 2023, aumentaram em 430% os casos prováveis de dengue no Estado. Os registros de ocorrências para chikungunya subiram 700% e para zika, em 260%, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde.
O inseto, principal transmissor dos vírus que provocam essas doenças foi encontrado em 97,8% dos municípios mineiros. Com a estação de chuvas e calor, a proliferação do mosquito se acelera, ampliando os riscos de contaminação e óbitos.
Hábitos simples podem evitar a reprodução do mosquito:
evitar água parada em pneus, pratinhos de vasos de plantas, piscinas sem uso,
garrafas ou qualquer objeto que possa servir para o acúmulo de líquido
manter fechadas e limpas caixas d´água e lixeiras
evitar acúmulo de lixo e entulhos
conservar vazios e secos reservatórios de água de ar-condicionado, geladeira e umidificador
colocar baldes e garrafas de cabeça para baixo
O cidadão deve ainda buscar ajuda médica, imediatamente, caso sinta algum dos principais sintomas:
febre alta
dores nas articulações
fraqueza
manchas vermelhas pelo corpo
Preocupada com a situação do Estado, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza campanha de utilidade pública para orientar o cidadão sobre os perigos e os cuidados necessários para evitar as doenças, assim como feito em 2019 e 2023. A campanha começa a circular nesta terça-feira (16/1/24).
A finalidade é alertar a população sobre a importância de atitudes individuais para reduzir os focos do mosquito e para a importância de buscar atendimento médico, aos primeiros sinais.
“Todos devemos fazer a nossa parte na prevenção a essas doenças. A Assembleia entende a importância da conscientização e do acesso às informações para nos ajudar a identificar e acabar com os focos do mosquito, e adotar medidas para evitar se expor ao risco da doença”, deputado Tadeu Martins Leite, presidente ALMG.
O objetivo do Parlamento mineiro é que a mensagem chegue a todos os municípios, especialmente os mais afetados, garantindo engajamento e mobilização para a causa. “O Legislativo também está nesta luta e vamos fazer o que for preciso para conter o crescimento dos casos no nosso Estado”, ressalta o presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leite (MDB).
A campanha é composta por peças gráficas, que serão publicadas em mídias impressas e plataformas digitais, além de vídeo a ser veiculado em emissoras de TVs e também na internet.
Vacina contra dengue integra o Programa Nacional de Imunização
A partir de fevereiro, a vacina contra a dengue, conhecida como Qdenga, começará a ser disponibilizada pelo governo federal nos postos de vacinação. Em um primeiro momento, a vacinação vai ser direcionada ao público e às regiões prioritárias, onde a incidência da doença é maior.
A escolha foi definida porque o laboratório Takeda, que produz o imunizante, tem uma capacidade restrita de fornecimento de doses.
O ciclo completo de imunização é atingido com as duas doses do imunizante. A eficácia geral é de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose. A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%.