Presidente da Assembleia vai a Brasília buscar soluções para a dívida de Minas
O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Tadeu Martins Leite (MDB), e outras lideranças do Parlamento mineiro estiveram reunidos com o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD), na quinta-feira (16), para buscar soluções para a dívida do Estado.
O encontro, em que foi debatida a dificuldade fiscal de Minas (com uma dívida de R$ 156 bilhões com a União) e a necessidade de melhores alternativas para a situação, contou também com as presenças do coordenador da bancada federal mineira, deputado Luiz Fernando Faria, e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (ambos do PSD).
Após a reunião, Tadeu Martins Leite e Rodrigo Pacheco concederam entrevista coletiva à imprensa. O chefe do Parlamento mineiro destacou que os líderes da Assembleia de Minas foram a Brasília buscar formas para solucionar a questão da dívida, e alertou que, no momento, o RRF é a única proposta em pauta, mas que é preciso debater outras possibilidades.
“Viemos aqui fazer uma discussão sobre essa dívida histórica de Minas Gerais e construir um caminho paralelo, procurar uma alternativa. Queremos uma nova opção, especialmente uma que não sacrifique os servidores e as empresas, mas também que resolva em definitivo o problema desta dívida. A partir de agora, tenho certeza de que, com a mediação do presidente do Congresso Nacional, teremos uma nova sugestão que a Assembleia possa avaliar”, disse Tade Leite.
O presidente da Assembleia disse, ainda, acreditar que chegarão a um novo caminho que seja capaz de amenizar o problema para os servidores e para a população, mas, sobretudo, que possa resolver, verdadeiramente, a dívida que “tem espremido o Estado”. Ele se disse confiante na pactuação de uma parceria de todos: Parlamento, União e Governo, em prol da melhor opção para Minas Gerais, lembrando que a solução a ser buscada é para o Estado e não para o governo.
Ao ressaltar a presença dos líderes do Parlamento mineiro na reunião e elogiar, especialmente, o fato dos representantes do governo e da oposição na Assembleia participarem do encontro de forma consensual, o senador Rodrigo Pacheco lamentou que a proposta do RRF em tramitação represente “um enorme sacrifício aos servidores”, assim como a venda de ativos estatais.
“O pior é que todo esse sacrifício é para se chegar ao fim desse plano de recuperação fiscal com uma dívida superior a R$ 200 bilhões. Ou seja, daqui a alguns anos, vamos nos deparar, novamente, com uma dívida impagável. Esse é um problema de Minas Gerais, mas também é da União, que é a credora. Meu papel, como parlamentar de Minas Gerais, é defender o Estado, obviamente com propostas que sejam equilibradas, justas e não representem prejuízo à União. Mas uma dívida que passa a ser impagável também é um problema para a União”, sentenciou o senador.